A trindade é a crença na existência de um ser divino que subsiste em três pessoas, um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus Espírito Santo. E que os três constituem um Deus. (Deus Trino).
A doutrina da trindade foi estabelecida através de votação no Concílio de Nicéia, no ano 325 d. C. onde 318 Bispos foram convidados pelo Imperador a participar do Concílio com todas as despesas pagas. Neste Concílio, a doutrina da trindade, até então conhecida como a teoria de Atanásio, teve o apoio do Imperador Constantino e da maioria dos Bispos assinando o credo formulado por esse grupo.
Falando um pouco sobre Jesus, entendemos ser Ele de fato o filho de D-us e Bendito Salvador da humanidade.
Jesus sentia fome, sede, dor, tristezas, e por fim sofreu a terrível e injusta morte no madeiro.
Ora, as condições acima citadas, não são atribuíveis a um D-us, mas a um homem, sim. Aliás, estes são atributos próprios dos humanos.
Afirmar que Jesus é D-us é anular, por completo, Seu sacrifício doloroso. Se o Salvador de fato é D-eus, estava mentindo quando disse sentir fome, sede, dor, e todo aquele sofrimento no Calvário não passou de encenação. “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mateus 27: 46”. Dizer que Jesus era, ou é D-us, é o mesmo que por todo seu suplício em suspeita.
Em outras palavras, é afirmar que estava fingindo, pois, reclamava a Si mesmo, fazendo-se mortal, quando na verdade nós todos sabemos que D-us é imortal e a morte jamais terá influência sobre o Altíssimo.
Na verdade Jesus veio em carne e sofreu valorosamente sem nenhuma encenação. Ele jamais se prestaria ao despautério de se fazer de humano, estando na condição de D-us. Vejamos o que diz a bíblia. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2: 5-11”.
Como podemos observar, atribuir a Jesus uma divindade em igualdade com o Pai, não é exaltá-lo. Pelo contrário, estaremos humilhando Jesus, se dissermos que era D-us.
– Vamos explicar por quê.
– Sendo D-us, não poderia morrer, tendo em mente que D-us é imortal.
– Sendo D-us, não poderia ser tentado, já que a bíblia diz que D-us não pode ser tentado. – “Ninguém, sendo tentado, diga: De D-us sou tentado; porque D-us não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Tiago 1: 13”.
– Sendo D-us, não estaria fadado ao cansaço, porque D-us não se cansa nem se fatiga. – “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Isaías 40: 28”.
– Sendo D-us, Cristo não teria dito frases como estas: – Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu. João 14: 28.
– Sendo D-us, Jesus não teria vindo em carne, porque D-us é Espírito. – “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. João 4: 24”.
Quer exaltar a Jesus? Então o aceite como seu único e suficiente Salvador, que, como homem, aceitou o sofrimento no calvário, sofreu a dor dos cravos, e dos espinhos da coroa.
Quer exaltar a Jesus, diga que Ele venceu valorosamente (sendo homem) e por isso foi glorificado por Seu Pai com uma coroa de Rei e com um Reino eterno que jamais passará, mas existirá para toda a eternidade.
Que Exaltá-lo? Então pare de chamá-lo de D-us, porque as Escrituras dizem que Ele aceitou a condição de Filho e não teve a usurpação de ser igual a D-us. Filipenses 2: 6.
Quer exaltar a Jesus? Então valorize seu sofrimento; inocente, coisa impossível aos homens comuns, que por causa do pecado estão impossibilitados de realizar tão grandioso e honroso feito, de se entregar-se a si mesmo em benefício dos outros.
Fazer de Jesus parte de uma trindade é dizer que, D-us, O eterno D-us, é mutável. É dizer que o Altíssimo, ora se manifesta em carne, ora em espírito, ora é D-us, ora é homem. É atribuir a D-us um silogismo, apenas com a diferença de que todas as proposições são iguais, assim se apresentam três deuses em uma só pessoa. DEUS pai; DEUS filho e DEUS espírito Santo.
Esta ideia é uma afronta as Santas Escrituras, que apresentam um D-us único e verdadeiro, Eterno e de infinito poder, Criador de todas as coisas, cuja singular existência não se questiona nem atribui a outrem. – “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém. 1 Timóteo 6: 16”.
Esta passagem é conclusiva, no tocante ao entendimento sobre quem é Jesus Cristo. Só pela frase que cita “D-eus” como o que habita na luz “inacessível” e a quem não pode ser visto por nenhum dos mortais.
Como poderia alguém dizer que era Jesus o próprio D-eus encarnado, e humilhado até a morte, sendo visto por todos, sem ter havido uma mudança em sua pessoa? Teria o Eterno passado por uma mudança radical, ou teria Ele fingido morrer no Calvário, dizendo ser humano, mas sendo na verdade o mesmo?
Só existe uma resposta; não. O Eterno não muda e Jesus é seu Filho Unigênito, ao qual constituiu herdeiro de tudo e Salvador Bendito eternamente, amém!
O Espírito Santo não é uma pessoa e muito menos a terceira pessoa da trindade.
No batismo de Jesus, o Espírito Santo, para que pudesse ser visto por João Batista, manifestou-se em uma forma corpórea; a forma de uma pomba. Este fato fortalece o raciocínio de que o Espírito Santo não ocupa um lugar físico no espaço. Ou seja, não possui um corpo físico, como o de Cristo e também como os anjos e D-us, que têm um corpo, à semelhança do qual fomos criados.
Outra passagem que, logicamente, enfatiza este pensamento está em Êxodo, no capítulo 33 onde D-us disse a Moisés: – “E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr uma fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. Êxodo 33: 22, 23”.
Esta manifestação de D-us, só se deu para que Moisés testemunhasse aos israelitas que estivera com o Eterno no monte, e que lhe fora dada uma prova concreta da existência pessoal de D-us em um corpo físico, porém, não humano, mas um corpo divino, imortal e glorioso, que não pode ser fitado pelos olhos humanos, devido à magnitude da majestosa glória do Criador.
Podemos notar a diferença existente entre as duas manifestações, a de
D-us, onde Ele se manifesta de uma forma corpórea, mas que não se prende à realidade tangível, ou palpável, que se dá a uma representação de forma súbita e visível, sendo resguardada pela posição de sua mão na fenda da rocha, para que Moisés não o visse completamente.
E a do Espírito Santo, podendo ser visto perfeitamente a olho nu, porém, não na forma de corpo humano, mas em uma forma corpórea de uma pomba.
É assim que o Espírito Santo se manifesta. É o poder de D-us que se transforma a cada momento e das mais diversas maneiras.
A bíblia mostra as manifestações de D-us em espírito em muitas outras passagens.
Vejamos alguns exemplos:
– No rio Jordão, por ocasião do batismo de Jesus.
Na forma corpórea de uma pomba: – “E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. Lucas 3: 22”.
– Em forma de línguas de fogo, no dia de Pentecostes: – “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Atos 2: 3, 4”.
– Através de uma voz mansa e delicada: – “E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. 1 Reis 19: 12”.
O Espírito Santo se manifesta de muitas maneiras, dando nos a entender de que não possui um corpo físico. Não é uma pessoa, e sim, um poder que visita nossos corações, rege nosas vidas, habita em nós, atua em nós e convence os pecadores de seus pecados conduzindo-os a Jesus para que se arrependam e recebam o perdão de seus pecados por meio do sacrifício expiatório de Jesus Cristo.
Jesus disse aos discípulos: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Lucas 24:39"
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HRDESOUZA para O "DISERTO"
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